terça-feira, 28 de julho de 2009

Há ३ anos

"Hoje: Verossimilhança

Nos acordes dissonantes da fúria do peito que se reconstrói depois de forte tempestade passageira é que se redescobre o desencanto.

Durante alguns tempos andou em linha reta e a passos compassados. Cinqüenta e oito milhões de resquícios comprovantes de sua angústia eterna me fizeram pousar de anteolhos sob suas não perspectivas. Os mesmos me fizeram desacreditar que o que eu tinha em mãos era simplesmente o oxigênio sujo o qual estávamos todos acostumados a respirar.

Agora me postei. Em posição ereta, olhos que só seguiam o que estava acima do horizonte e boca que não sentia mais nada do ardor fugaz de boca alheia e sem sentido. Me postei sim. Armada de todas as formas, munida de aparato de segurança e tentando fazer com que a respiração em compasso acelerado fizesse com que uma maior parcela de oxigênio não tão poluído fizesse com que a sagacidade fosse mais aparente e produtiva.

E foi. Sete vezes foi.

Desde então você e seu jeito cambaleante começaram a me perseguir com as feridas mais que abertas, as pupilas mais que dilatadas, os cabelos mais que desgrenhados, as mãos mais que trêmulas e o corpo tão hialino que me fez baixar guarda e olhar para o mim em você como se isso fosse a maior demonstração de auto-conhecimento existente no cosmo.

Confesso: talvez tenha visto demais. Fantasiado demais. Alegado demais. Mas é que tudo ali me parecia tão transparente, tão portal, tão maior que eu que então pensei ser justo começar ali a jornada que acaba por fazer o humano se sentir um tanto maior do que é realmente; começaria ali a megalomania desenfreada e que se baseia na libertação do sentido ignaro por meio de golfadas léxicas.

E foi. De novo e novo. Tantas polissílabas neólogas jorravam, tantos sussurros gritados arrebentavam vísceras de tão súbitos que eram, tantas verdades começaram a se concretizar.

Pois então, parou na verdade. Parou. Estagnou.

A verdade é o elixir da falta de respeito. A verdade é a resposta de todos os males. É odiosa a verdade, mesmo que se mostre coberta por véu.

A minha verdade veio mascarada. Era assim uma máscara linda! Ornamentada de pedras não palpáveis, de tintas desconhecidas a olhos virgens e fitas cintilantes que tinham um balançar natural e que trabalhavam como se fossem elas as responsáveis pelo movimento do vento. Te reconheço que o desenho que preparei da verdade foi construído depois de muitos rascunhos, mas mesmo assim não deixou de ser menos que o esperado. Mesmo assim foi espontâneo.

E, sendo dessa máscara tão figurativa e caricatural, parece que despertou a sua criança – que diante de meus olhos esbodegados de tanta luz e movimento proveniente da máscara que cobria rosto – que começou a chorar e espernear com gritos estridentes que acabaram por me machucar ouvidos. Foi daquele tipo de criança cheia dos mimos e que não suportam a idéia de que outros podem fazer uso dos mesmos tipos de benefícios dela. Tipo de criança burra que não sabe nem expressar vontade por meio de semblante infantil: só o faz através dos tapas e chutes no ar.

Vendo então tamanha criança, resolvi deixar cair a máscara bela e mostrei só o rosto sereno. Esse rosto é dado às explicações e tem uma psique didática assustadora. Daí, rumo às explicações infindáveis e indissolutas que fazem olhos pregar pela não beleza de idéias; mas é que o rosto sabe que só assim criança grande aprende – mesmo que finja não entender por puro orgulho.

Então, depois de seu entendimento quase pleno os olhos meus se abarrotam de lágrimas e a cabeça pesa. E tudo porque decidi que seria você o meu alter ego.

Está certo. Confusão sempre esteve aqui presente. Afinal, o que seria de mim senão a inconformidade?"

Eu sobre mim em 21/07/2006 - http://www.fotolog.com.br/_manquedeprogres

वे एक्सेप्ट यू! ओने ऑफ़ उस!

Tudo o que tinha na caixa eram os bons restos. Decidiu então que de nada adiantaria se encaixado sem embrulho. Pegou três pedaços de papel.

Indecidiu.

Foi aí que resolveu sortear. Assim, num fechar de olhos tão apertado que doía. Sabe aquelas vezes que você quer apertar assim, tão forte a pálpebra que quando abre o mundo tá preto e/ou vermelho? Então.

Caiu na cama.

Uma dor de cabeça sem fim. Uma vontade de falar sem parar. E veio o vômito.

Regurgitou.