sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A um Amigo.

Porque já pensei demais antes de fazer. E foi assim um pensar de medo do conhecido - É, porque desagradar o conhecido é muito mais fácil do que perceber o desgosto mascarado pela boa educação do desconhecido.

Mas, liberta.

Já se foram quase três tempos.

Tudo bem que, do lado de cá, parece eterno. Engraçado que esse tempo, se contado em distância pouca, era quase nada.

Não que não valesse a pena a presença - que, por sinal, grande presença - mas é que a gente nunca sabe que falta a distância pode fazer sentir.

Não que seja só a distância - porque, desse modo, seria fácil o subterfúgio da amizade.

Não, não é. E a dificuldade de expressar é representante disso: do não saber explicar de onde isso tudo vem.

Vi suas fotos hoje. Tinha um olhar distante, mas feliz. De corpo, parecia bem. Uma beleza que, se vista há uns tempos, seria desapercebida.

De verdade me fez bem.

Lembrei dos tempos em que sonhávamos em cada pedaço de imagem - daquelas de vinte e quatro quadros por segundo mesmo - e queríamos que tudo aquilo ali pudesse ser realidade. Mas depois, num súbito de consciência, entendíamos que tudo parecia mesmo fantasia.

E gostávamos. E gostamos.

Não sei o que espero daquilo que vem, mas sei que é ainda mais vida do que foi. E olha que realmente foi.

E que saiba que me inspirou assim. Desde o início.

Um comentário:

Anônimo disse...

tuas palavras trouxeram lágrima e sorriso, assim, amalgamados.
viver a distância nos torna cientes da falta que faz.
em vez de presença no fim da rua, temos mais do que oceano.
o olhar distante das fotos também me é familiar. a felicidade também é distante, creia.
mas tento fazer a imagem se tornar realidade. a imagem que por tantas vezes nos confortou e ainda conforta.
não sei o que espero daquilo que vai. mas espero reencontro com devida pompa. porque a presença que inspira faz falta. faz muita falta.