segunda-feira, 10 de março de 2008

It ain't me, babe.

Não foi esforço em se falsificar - e eu não vejo nada de errado nisso.
Não foi vontade de se mostrar maior que ninguém - e eu não veria por que discordar.
Não foi show - eu diria espetáculo.

A vontade dele foi que o assistissem e, no fundo, tive que concordar que sempre deveria ser assim. Por mais que a gente goste e queira ser igual, não há por que achar feio o inédito.

Sim, foi rouco. Sim, os anos pesam. Sim, o sopro cansa. Sim, a gaita toca. Sim, a melodia muda. Sim, os olhares fogem. Sim, foi lindo - por mais que discordem.

Apesar dele dizer que não, estava lá. Em terno, sapato e teclado. Esguio, sério e brilhante. Não pelo palco, mas por si só. Por sua poesia - que encantou, encanta e ancantará muitos - e por sua verdade.

Não precisou de obrigado falso - quem agradece é o público.
Não precisou dançar na melodia cansada - a nova foi maior.
Não precisou pedir por mais - o que houve alegrou em sinergia.

E, se o que alguém esperava não era isso, concorde com ele mesmo: "It ain't me you're lookin' for, babe."

BOB DYLAN - It Ain't Me Babe

Um comentário:

Paty Trajano disse...

Digo que:
- Concordo sobre a beleza do espetáculo;
- Gostei do escrito.

Desejo:
- Sorte;
- Que continue com sua "mente borbulhante"- se me permite o ar da brincadeira.

" Esta menina tem tudo para dar certo!"
( Alguém que passou por aqui)

beijocas