terça-feira, 27 de abril de 2010

Depois daquela noite

Do que é misto de medo com vontade.
Do que dói com desejo.
Do que sente com calor. E frio.
Do que chega de mansinho, querendo nada.
Do que sai de sopetão, abandonando palavra.
Do que me lembra mar.
Do que me trouxe sol.
Do que acariciei horas sem sentir.
Do que proferi palavras vãs - o amor é real.
Do que desacreditei.
Do que relutei.
Do que fugi.

Pro que vou correr sem medo e com vontade.
Abraçar em braços de acalento na chuva ou no sol.
Segurar a mão que chega leve.
Bradar ao ventos que não se vá.
Mergulhar profundo.
Deleitar em cada minuto.
Sentir nos dedos a pele.
Reafirmar promessas.
Descumprir palavras antigas.
Receber sem titubear.
Amar.

Só mais uma vez...

Nenhum comentário: