quinta-feira, 5 de novembro de 2009

AntesQueODiaAmanheça

Daquilo que gosto muito:

1 - Entender o significado das coisas;
2 - Discordar do significado das coisas;
3 - Céu da noite quente - porque é roxo, não preto.

Não que disponha de muito tempo pra isso. Do que é bom. Nem que predisponha todo esse - mesmo quando tem. A verdade é que é bom mesmo gostar quando se olha e entende bem pouquinho, assim, en passant.

Já por vezes (muitas vezes e ainda) julguei difícil a relação do desconhecido. Em verdade, quando julgo, não me vejo. E é assim, esse julgar de discordar e achar bonito o ato, mas nem sempre aceitar como verdadeiro. O problema é que, quando vê, o conselho foi aceito e a atitude entendida como de extrema inteligência do saber viver.

Tudo isso assim: de passagem.

Então começam essas noites em claro - o que, diga-se (de novo) de passagem , nada teria de ruim não fossem os dias que insistem em ser claros e que, quando daquela insitência absoluta do corpo quente, do céu laranja e do afã infantil que movimenta todo o resto do mundo, conseguem me convencer de que dia é pra ser realmente vivido. Mas aí vêm essas saídas noturnas repletas de desflexão e falta de atenção que gera os pequeninos fragmentos de beleza e que, caso tenha alguma sorte (e dia mais claro que a rouxidão maravilhosa da noite) permanecerão por mais algum tempinho dentro do peito - até, é claro, irem se esgarça,do, rasgando, empoeirando, desfragmentando...

Mas que se deixem! Outras noites roxas, rosas, vermelhas, verda-cor-de-piscina e, quem sabe ainda com os laranjas dos dias mais bonitos, ainda virão.

Mas o que eu quero mais e agora é mesmo viver. Assim, entendendo exatamente esse significado e passando a diante o mais rápido possível.

Antes que o dia amanheça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ninguém comenta por aqui, poxa...
Andou tendo noites claras e quentes?